Quando em sala de aula, ouço muitas palavras as quais não estou habituada a ouvir, habituada não! desconhecida mesmo, até então,
de meu misero vocabulário. Um professor aqui outro ali, o que faço?!
Tomo nota do que ouvi, na primeira oportunidade me encontro com um
dicionário e voilà ! Mais uma palavrinha ,ou expressão, tudo que
acrescente é lucro.
Dai chegaram os filhos, e o período escolar
deles também. Após deixa-los na escola eu ficava andando pela
cidade,conhecendo um pouco de cada coisa, talvez, costumes, cultura,
histórias,comida, etc e tal.
Frequentei igrejas, fiz curso de
violão, horas a fio sentada em um banco de rodoviária, olhando pessoas
indo e voltado,pessoas vendendo o almoço pra garantir o jantar, tudo que
me foi proposto. Tudo isso para economizar tempo e uns tostões
também, já que eram duas horas de viagem para ir e vir, dentro de uma
van sem muita coisa para ver, o máximo que poderia me ocorrer ou eu
presenciar seria alguém sugerir que eu estava mantendo um caso com o
motorista da van, por eu ser tão facilmente encontrada dentro de uma
delas ou um acidente naquelas ruas tortuosas com suas casinhas na beira
da pista, ornadas com enormes antenas parabólicas.Não sei qual acidente
poderia ser pior?!
Chegada a
hora que a criançada saia da escola, lá estava eu, com o jantar na mão,
mamadeiras cheias de leite, Danone, todinho, sanduíches, balas, tudo
que me fizesse saber que eles chegariam em casa bem alimentados, uma vez
que de ônibus o percurso era maior trinta minutos e alguns deles
adormeciam e por volta das dezenove e trinta estávamos chegando em casa.
Bom, essa tarefa era minha todos os dias, até que contratamos um
transporte escolar.
Dentro do ônibus, para alegrar nossa viagem, eu
começava contando uma historinha qualquer, e eles três davam o
desenrolar de todas elas. Era uma vez uma menininha......não mãinha! uma
menininha não! uma menininha já foi ontem, hoje é um menininho. Era
uma vez um menininho que gostava muito: De pescar.........
Bem essa
historinha tinha que render até alguém se cansar, ou dizer que não
queria mais ouvir historias. Meu próximo passo! Cantar.
Eles foram
crescendo, e minhas ideias tinham que melhorar. Comecei então, a
perguntar, valendo alguma coisa, né?! Para que eles tivessem vontade de
pesquisar, a nas próxima acertarem e ganharem o prêmio.
Perguntava o
feminino de alguns animais, pedia para conjugar alguns verbos, a
diferença de mau e mal, e por ai ia.Posso dizer que por causa dessas
brincadeiras minha filha mais velha ficou a mais chata de todas as
alunas, segundo os colegas de sala, entretanto os professores adoravam.
Acrescento que tal mãe, tal filha!! kkkkkk
A única diferença,penso
eu, é que ela levava isso tão a sério, que uma vez ela pediu a uma
professora que conjugasse o verbo aguar, sem muitas exigências, poderia
ser no presente, nesse tempo, usava-se o trema.
Como quem vibrava
para ver o resultado, ela ficou, quando a professora terminou ela disse:
____errado, professora!! Não se fala eu "agou".
Mas, "eu ágüo, tu águas,ele água........tem trema professora.
__Quem te disse isso?! Perguntou a professora.
__Minha mãe. Respondeu minha filha.
__Sua mãe é professora?
__Não! minha mãe, é dona de casa, professora.
__Esperta, sua mãe.
Bem, acho que nem preciso dizer, mas fui eleita como "esperta",pela
professora, o que já era muita coisa pra uma simples dona de casa, né?!
Percebi que as coisas estavam saindo do seio de minha casa, e diminui,
então as brincadeiras com eles. Será?! Não sei, não. kkkk
Estou
eu, ouvindo um representante de cosméticos vender seu peixe. E ele com
muita tranquilidade me falava de tioglicolato,reposição proteica,
silício e muitas outras coisas. Perguntei: ___O produto é volátil?
Ele abriu bem os olhos, e me disse: ___desculpe, fale minha língua!
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Abs. Geninha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário